Em 1928 um marco importante nesse processo terá sido a eleição presidencial de Andrew Jackson, nos Estados Unidos.
Essa campanha marcou a transição de um sistema dominado por elites para um modelo de participação mais ampla, onde as estratégias de comunicação, comícios, propaganda e mobilização de eleitores passaram a desempenhar papel central pela disputa pelo poder.
Se bem que entendamos ser a plena participação de todos os cidadãos a opção correta, nunca foi financeiramente regulamentada a divulgação das campanhas pelos media, então surgidos.
A possibilidade de voto universal, trouxe para a política um número muito superior de indivíduos interessados.
Entre eles, ambiciosos, aventureiros, agentes ocultos de interesses privados, narcisistas, sociopatas...
De facto, nota-se que cada vez mais, os interesses necessariamente privados, tentam, e não raramente conseguirão, introduzir elementos da sua confiança por si, pagos.
Neste negativo objectivo, em quase todas as democracias foi decisiva a colocação na lei eleitoral, da norma de indigitação, pelo Primeiro-ministro, de todos o ministros.
Sabendo-se que as campanhas eleitorais são muito dispendiosas, é presumível que o capital privado esteja interessado em "investir" na política durante as campanhas apoiando um qualquer partido desde que, os seus interesses sejam, no mínimo, protegidos pelo poder eleito.
E qual a melhor forma de protecção que se pode ter, do que o ministro do seu sector de actividade principal, ser um grande amigo?
Talvez agora fique mais claro porque indivíduos desconhecidos, de difícil imagem ou mesmo suspeita, chegam inesperada e estranhamente, a ministro a presidente de câmara ou a Primeiro-ministro...
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