A inflação é o aumento generalizado de preço dos bens ou, se quisermos, a depreciação da moeda que os adquire.
Tudo começou quando os emissores de moeda - reis, imperadores - com o aumento das despesas nacionais, normalmente para financiar conflitos, passam a incorporar menor quantidade de metal nobre nas moedas emitidas porém, mantendo o mesmo valor facial.
Deste modo o vendedor dos bens, para garantir o mesmo rendimento em metal nobre, aumentava o número de moedas.
Fica claro que quem dependia da venda enriquecia, quem dependia da compra, empobrecia.
Regra geral quem era assalariado ganhava menos por não poder aumentar preços mas, os patrões ao fazê-lo, normalmente de forma concertada entre si, ganhavam muito mais.
Nos nossos dias, onde por razões que desconheço, mas todos nós facilmente entendemos, os salários continuam não indexados à inflação, continuando a permitir grandes vantagens óbvias a quem vende, penalizando quem compra.
Para além disto, quem ganha sempre bastante mais com a inflação são as instituições financeiras. Sem venderem directamente qualquer produto, com o aumento da inflação aumentam automaticamente os juros e spreads (taxa de empréstimo). Em envolventes de baixa inflação os lucros dessas instituições têm, claramente, maior dificuldade em escalar.
Na agressividade típica dos mercados financeiros, qualquer alteração internacional é boa razão para aumentar preços. A guerra então, pelas suas implicações generalizadas, será das melhores razões...
Como já vimos neste blog - post de 11de Março de 2022 - os efeitos dos aumentos do crude pouco mais são que desculpas para ondas inflacionárias.
Porque será que nenhum governa limita:
Preços máximos dos bens em venda, em função dos vectores de custo?
A não inclusão de indexantes a salários e pensões (públicos ou privados), ao valor da inflação?
Óbvios cartéis financeiros como a energia, telecomunicações, combustíveis...?
Calculo mas, não me quero pronunciar... para já...