Ao longo destes, já, dez meses, após a invasão russa à Ucrânia, é interessante avaliar a atitude da China perante o assunto.
Pela primeira vez na História as duas maiores potências de génese comunista apoiam-se, negoceiam e entendem-se.
O Reino do Meio (como os chineses chamam à China) começa a jogar o jogo estratégico global: apoio a um invasor, a um infrator das regras internacionais e ao ressurgimento de um império autocrata.
Isto, porque a China também tem ambições de invasão e, tal como a Rússia, enriquecendo com as compras do Ocidente, até ser um estado autocrata militarmente forte.
Ou seja o Ocidente, com a sua política de importações enriquece futuros inimigos, colocando-se ainda na sua dependência económica, parcial ou total.
A UE, preocupada com tal facto mas, nada de conhecido fazendo para o reduzir ou anular, vai informando:
Existem vários níveis de civilização no mundo, separáveisem várias gerações, por exemplo: Austrália, Canadá, Coreia do Sul, Japão, UE e EUA têm democracias orgânicas mais sólidas e um avanço de 2 gerações sobre os países do Mercosul e estes, seguindo o mesmo caminho sobre os países do sudeste asiático. África e Médio Oriente estarão na cauda desta classificação.
De notar que os melhores índices civilizacionais correspondem aos mais altos níveis de padrões de qualidade de vida dos respectivos cidadãos.
O extraordinário salto social verificado nos últimos 30 anos nos países do primeiro escalão como por exemplo, direitos das mulheres, de lbgts, generalização efetiva de cuidados de saúde, educação, habitação, acrescidos de acesso a tecnologias informáticas, criou um abismo cultural sensível entre este , e os remanescentes escalações civilizacionais.
A rotura teria de acontecer: Terá começado lentamente pelo "Nuclear não, obrigado!", pelos juvenis exageros ambientalistas, seguidos pelo terrorismo árabe, pelas teses populistas anedóticas, culminando com a guerra, quando Putin considerou a UE dependente, divisível, psicologicamente cobarde, numa Nato a qual, já teria pouco ou nenhum apoio dos USA, em "morte cerebral".
Esqueceu de considerar a enorme capacidade de resistência ucraniana e a ineficácia seu exército.
Sem recursos financeiros alternativos ao pagamento do gás por países da UE, vira-se para a China onde procura e obtém apoio para as suas exportações. A China por seu lado, vende hoje à Rússia cerca de mais 35% do que em 2021...
A aliança económica de comunistas no papel e comunistas em saudade, está aí.
Cabe ao Ocidente combatê-la. Todas as empresas com interesses chineses devem ser boicotadas. Em Portugal a Edp, a Fidelidade, a REN, BCP, Luz Saúde, as marcas chinesas e o interesse no porto de Sines, são cavalos de Tróia de Pequim que devemos como um todo, lutar contra sob pena de recuarmos décadas na nossa civilização.