Quem conhece a política, sabe que as carreiras dos "grandes" homens são produto - ainda que temporário e com rostos diversos - de equipas que os suportam, apoiam e, não raras vezes, financiam.
O actual líder da Rússia foi lançado para o estrelato pelo anterior, Boris Yeltsin.
Porque razão terá sido ele o escolhido? Não sei e penso que muito pucos ou ninguém, o saberá. Todos sabemos no entanto que Putin era oficial e comandante do KGB e, ao longo dos anos, fomos avaliando a sua qualidade humana.
Claro que liderar, implica rodear-se de quem partilha idênticos objectivos e é da confiança pessoal.
(Nunca vi na História um único líder rodear-se de adversários porque, alegadamente, são estes os mais competentes. Argumento este, muito querido a certas forças políticas quando estão na Oposição...)
Putin rodeou-se de amigos, vários ex-KGB, a quem ofertou prendas multimilionárias. A Rússia "rica, imensa, poderosa, imperial (o que é o mundo sem a Rússia?)" são arquétipos grandiosos comuns à verborreia dos autocratas para justificarem eternamente o seu poder.
O que está em causa não é a vizinhança "perigosa" da NATO.
O que ele receia é a superior qualidade de vida na sua vizinhança, de um membro da UE.
Este ditador sabe que quando a Ucrânia for membro da UE o povo russo, que agora rouba, vai entender - por simples comparação com o vizinho - a extensão dos crimes da camarilha que os condenou a uma vida desnecessariamente limitada e puni-los-á, se necessário, na rua.
Ursula von der Leyen terá anunciado hoje o ínício do ocaso do putinismo.
Parabéns ao povo ucraniano, à UE e a todos que disseram BASTA aos crimes e chantagens desta ditadura!