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terça-feira, 22 de fevereiro de 2022

Estranha fraqueza das democracias...

Todas as constituições democráticas da Europa e também a dos Estados Unidos, preveem limites de mandatos contínuos aos seus dirigentes máximos. 

Isto porque a essência de qualquer Democracia reside, também, na alternância do poder.

São várias e geralmente despudoradas, as tentativas de alguns indivíduos para se eternizarem no poder. Refiro, por exemplo os apelos de Trump, depois de ter visto rejeitar - em todos os tribunais a que recorreu - alegadas irregularidades eleitorais, apelar à ocupação do Capitólio e, mais recentemente, a alteração à constituição russa permitindo a Putin - ao anular o facto de o mesmo já haver cumprido dois mandatos consecutivos - continuar por outros tantos.

É-me difícil entender, porquê as constituições não limitam liminarmente e "a priori" TODOS os lugares políticos, de eleição directa ou ocupados por qualquer outra forma do foro político derivada, a um total de dois mandatos - completos ou não - IRREPETÍVEIS?

Será que há indivíduos providenciais e que só eles serão capazes de desempenhar funções políticas? 

Acaso quando um indivíduo que se assume ou é tido como providencial, indispensável, único em qualquer função morre, o seu substituto se mostra incapaz de exercer essas funções?

Acaso faltam candidatos para esses cargos?

Acaso não é voluntária - e arduamente disputada através de vários órgãos - a candidatura às posições em disputa?

O que parece ser uma dolorosa verdade é a falta de respeito à Democracia, ao Povo e ao Futuro tomar a forma de vírus contaminando com demasiada facilidade e cronicamente, o candidato típico à gestão de cargos em Democracia.

À URGENTE consideração de quem se afirma democrata no século XXI!




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