Recordo quando há 50 anos atrás, a maioria da humanidade tinha como fim último da evolução política a Democracia.
Em circunstâncias pós monárquicas, pós guerras e pós coloniais, a Democracia parecia o sistema capaz de, ao transformar discórdia em concórdia e desavenças em Paz, melhor proteger as utopias projectadas para futuros risonhos.
Se os países com sistemas democráticos instalados descansaram, a avidez e a cupidez humana não.
Os adventos cibernéticos, centralizaram em dezenas de indivíduos, riquezas comparáveis às de mais de metade da humanidade, provocando e continuado a provocar, a queda de milhões de empregos enquanto essas fortunas, são sediadas em paraísos fiscais fora do alcance financeiro dos estados, pressionando as suas dinâmicas tradicionais de indústria e comércio e, por consequência, os seus modelos de segurança social.
Ao aparentarem-se incapazes para inverter estes fluxos financeiros, as democracias veem-se incapazes de manter os níveis de apoio social tradicionais o que é aproveitado por extremistas como limitação do sistema democrático tentando com este além de outros argumentos normalmente falsos, angariar apoio dos menos avisados ou esclarecidos.
É preocupante a aparente tolerância da União Europeia e dos Estados Unidos para com os paraísos fiscais, que seriam fáceis de controlar, limitando seriamente as transacções financeiras com os offshore.
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