Para a generalidade das pessoas é fácil apelidar ou dar a entender que outra, particularmente se político, é corrupta.
Porém, qualquer cidadão mesmo jornalista, muito provavelmente, nunca terá sentido a força de um corruptor.
O "negócio" proposto em causa é de tal forma "interessante" que o corruptor - quase sempre um financeiro ou um "pato-bravo" - sem dificuldade, oferece ao decisor 10 a 20 anos do valor do salário mensal deste.
Ao político bastará apenas assinar!
Pergunto:
Quantos de nós, cidadãos comuns, resistiriam à oferta instantânea de 20 anos de salário ou seja, 240 meses de ordenado instantaneamente pagos?
Quantos de nós tiveram formação moral para recusar tal oferta?
Quantos de nós desconhecem, e muito menos os media que o repetem à exaustão, o crime de corrupção ser, em 98% dos casos julgados em tribunal, arquivado por "falta de provas" e, em consequência quer o corrupto quer o corruptor saírem ilesos, e ricos, do processo?
Qual o peso no quadro penal - normalmente sob a forma de "pena suspensa" - para este tipo de crime?
É fácil a qualquer indivíduo afirmar-se honesto, porque em toda a sua vida nunca tais valores, muito provavelmente, lhe foram propostos.
Mas... aos políticos? Facílimo! Basta assinar...
Porque parece ser impossível travar este crime?
Porque os menos interessados nisso são, claro, quem dele mais beneficia e quem detém o poder para tal, caso lhe interessasse.
Se o tema o atrai recomendo-lhe, vivamente:
"CORRUPTÍVEIS" de Brian Klaas, Bertrand Editora, particularmente o capítulo V.
Em Defesa da Democracia, Reflexões, edição do autor. Livraria Barata, Av. Roma 11A, Lisboa. Págs 126 a 132.
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