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segunda-feira, 26 de junho de 2023

Espaço mediático.

Esta semana, 18-24 de Junho de 2023, consegui estar 24 horas, sem que qualquer órgão de informação, após um mês de exemplar perseguição individual, pronunciasse a palavra amaldiçoada: Galamba!

Apenas uma sucessão de acontecimentos de dimensão mundial e as suas projecções exaustivas por dezenas de comentadores, terá impedido os media nacionais de proferir o nome maldito.

É incrível como órgãos profissionalizados de informação "livre", se dedicam especial e sistematicamente, à perseguição individual de um político.

Serei insuspeito nesta crítica, porque, de há muito, não simpatizo com o personagem nem com o grupo em que se apoia no PS.
Também tenho dificuldade, confesso, em reconhecer  respeito e dignidade que, na minha opinião, o cargo de ministro merece seja personalizado por alguém que insiste em se decorar com um juvenil brinquinho...

O senhor ministro é simbolo do yuppismo político agressivo que caracteriza a JS do seu tempo, fomentada por Sócrates que, por exemplo, em nome da independência política - ainda hoje aplaudida pelos media - colocavam em lugares de destaque da política, essencialmente, familiares e amigos.

Dito isto, e após o risível comportamento da interminável e insustentável comisssão de inquérito à Tap, admito que o alvo da actual perseguição mediática, conquistou margem para se tentar impor como ministro.

Deixem-no em paz...!





sábado, 24 de junho de 2023

Fronteiras...

Vivemos uma geração de fronteira(s).

Fronteiras entre: 

-Intensidade e indiferença religiosa,
-Guerra e Paz,
       -Isolamento e internacionalização política,
       -Dependência e independência feminina,
-Analógico e digital,
-Racismo e homogeneidade racial,
-Homofobia e aceitação de todas as diferenças sexuais, 

-Indiferença e cuidado animal...

A meu ver demasiado, para quem nasceu culturalmente formatado numa qualquer lógica, e se viu obrigado a adaptar uma outra, quase sempre, contraditória à primeira.

Esta pressa na alteração dos comportamentos - baseados em sentimentos - humanos, até cerca de 2015 aparentemente aceite, no mínimo entendida por boa parte da humanidade, foi posta em causa pela eleição de alguém com as preocupantes características de Donald Trump, nos EUA.

Trump não só coloca em causa, como contesta essas novas perspectivas e enfrenta-as com uma retórica, a meu ver, roçando o imbecil, o ignorante e o patético (apesar do forte ataque mediático diário) conforme denunciado por enorme número de acólitos seus, por si escolhidos, mas que ao longo do tempo sentiram necessidade de o isolar, com destaque para Mike Pence.

Trump, mais um produto da fama, dinheiro e imagem, sem qualquer mérito individual é, hoje ainda, um ícone do radicalismo para os abandonados pelo ritmo das evoluções culturais, digitais, robóticas, sociais... do seu tempo, e que se sentem traídos, minimizados e excluídos por uma evolução da qual foram, apenas, espectadores e alguns, vítimas.

Como podemos estranhar os resultados de Trump ou o seu alastramento por todo o mundo?

Se a lei internacional continuar a atrasar-se perante as dilacerantes atitudes dos monstros digitais globais e das concentrações porno-idiotas dos donos da finança, os trumps neste planeta não deixarão de se multiplicar.

E as democracias sofrerão... muito!


Se considera que a ponderação neste texto é acertada, repasse-o.
Talvez algum político seja tentado a travar o seu habitual galope para o abismo...






sexta-feira, 16 de junho de 2023

Educação...!

É fascinante a história do ensino público, em Portugal.
Lembro, com saudade, quando ele era tido como único, capaz e para todos.
Aqueles que "caíam" pelo caminho, procuravam a continuidade num ensino dedicado, com empregabilidade quase garantida mas, sem os contornos de "requinte" do ensino superior.

Claro que o nível de apoio familiar, directo ou através de "explicações" respondia, complementando, exigências do ensino público.

O ensino privado, quase sempre ligado à igreja ou a culturas estrangeiras, era paralelo mas claramente inferior. Os media, à época, não propagandeavam rankings escolares como se de notícia se tratasse, nem os privados pagavam publicidade nem inflacionavam notas, para obterem mais "clientes"...

O privado da igreja era único com disseminação fora dos grandes centros, constituindo alternativa única para famílias afastadas de menores recursos, muitas dessas instalações em regime de internato, com a doutrinação inerente.

Os professores do público eram, então, reconhecidamente mal pagos e formaram uma estrutura sindical, que consegue, ainda hoje, ter centenas de indivíduos pagos pelos impostos como sendo professores no activo e direitos iguais nas promoções, porém, dedicando-se exclusivamente à reivindicação da classe os quais, só conservam e eternizam tal "tacho", se provocarem regularmente convulsões profissionais como o "prova de vida".

Os professores, como todos nós, escolheram a sua carreira profissional livremente para o bom - tempos houve onde davam aulas 25 horas por semana (o resto era para preparar aulas...) tinham 3 meses de férias no Verão e 2 semanas no Natal e Páscoa - e para o menos bom.

Conseguiram vencimentos dignos. Subidas de carreira e escalão generalizadas, sem qualquer constrangimento ou avaliação.

E, agora, com a sua sistematizada reivindicação, estão atirando o ensino público ao chão, para gáudio do ensino privado.

De facto, se não se soubesse ser o PCP o eterno elo político do principal sindicato, levantar-se-ia a dúvida se este não trabalha exclusivamente para benefício privado...

Existem também outras "fortes motivações"* para os pais pagarem os caríssimos colégios privados...

Quem sabe, se por este "esforço" Portugal ainda conquistará o seu Trump...😤




quarta-feira, 14 de junho de 2023

Marcelo, o orador compulsivo.

Marcelo é aquilo a que eu chamo homem equilibrado.

Porém, depois do recente assédio mediatizado de ataque ao PM - com cartazes e palavras dignas de apoiantes de Trump - uma ou duas centenas de indivíduos que se afirmam educadores de jovens invetivaram publicamente António Costa em nome da sua conveniência profissional, repensei.

Marcelo argumentou que por causa de centenas, não podem ser castigados milhares...

Tal como no passado, prof. Marcelo, não deveriam ter sido castigados milhões de portugueses - que nada fizeram - pelos crimes de dezenas praticados no BPN e no BES... MAS FORAM!

Dois pesos, duas medidas, de acordo com as conveniências de circunstância ou será  necessidade compulsiva de falar instantaneamente, sem reflectir, aos assediadores mediáticos?

Será que vivemos em Democracia (medíocre embora...) ou seremos conduzidos diária e mediaticamente por vanguardas revolucionárias de assédio público?

E a lei não prevê penalidades?




domingo, 11 de junho de 2023

O passado existiu. E existe, para comparar...!

Das, raras, vantagens da velhice destaco tempo para pensar e  experiências vividas, para recordar e comparar.

Inevitavelmente, recordei o tempo em que a lei impunha limite ao lucro empresarial. 
Na década de 1950, a mais-valia não podia exceder cerca de 30% da despesa.

Claro que essa lei desapareceu!

Agora o céu é o limite.
Tal nem seria muito importante se, em todos os sectores,  a concorrência funcionasse.

Porém, há sectores privilegiados onde é o cartel quem dita a lei conveniente, perante as passividades governativa e sindical. 
Refiro os bancos, seguros, combustíveis para automóveis, eléctricas, gás, construção civil, telecomunicações... por exemplo...

Sendo o céu o limite, as administrações tentam lá chegar, tão rapidamente quanto possível, aumentando continuamente os lucros.
Os accionistas agradecem, pressionando governos para a passividade e sindicatos para a cumplicidade.

Sindicatos cúmplices do patronato?

De facto. Por exemplo, se os trabalhadores de menores rendimentos desse sindicato, auferirem tanto ou mais que os de maior rendimento de outra atividade social.
Exemplo: 
Um contínuo bancário auferir tanto como um técnico superior na função pública...





sexta-feira, 9 de junho de 2023

Os juros dos Certificados de Aforro, CsA.

É um tema saboroso para a Oposição, a redução em cerca de um ponto percentual, na remuneração dos CsA.

"Cedência aos bancos" é o dito por políticos oposicionistas, mestres em perfídia mas maus como alunos de finança...

Qualquer cidadão que pague impostos, percebe que os 3,5% de juros pagos pelo governo à minoria detentora de CsA, saem dos impostos de TODOS nós.

O governo pagou bem mais do que a média bancária enquanto considerou que, ao fazê-lo, incorporava receitas para investimentos prioritários, tidos como urgentes.

Quando conseguiu dinheiro suficiente para o planeado, baixou esse juro, que é pago, recordo, pelos impostos de TODOS.

E o mercado normalizou. 

E os impostos pagam a partir de agora, um valor semelhante ao da banca.
O governo, fez o que devia e... parou.

Se o tipo de banca que temos é sovina, cartelizante, gananciosa, financeiramente acumuladora e economicanente imprestável, é um problema estrutural, sobre tudo, de indevidos privilégios bancários.

Carecerá mais de políticas locais do que desculpas globais.

Agora, afirmar para os media, sempre abertos a escândalos, que o governo cedeu às pressões da banca, é não respeitar os impostos pagos pelos que, não tendo poder de compra para adquir CsA, se veem obrigados a pagar juros altos, a quem os pode comprar...



quarta-feira, 7 de junho de 2023

A quem não interessa a dessanilização?

As sociedades democráticas desenvolvem-se economicamente, privilegiando alguns sectores da economia os quais, arrastam outros consigo.

No caso português um desses sectores foi, e ainda é, o da construção civil, com regulares e "incompreensíveis" estapafúrdios lucros.

Qualquer proposta de alteração de sistema político, mais do que governação, tem de levar em consideração os interesses que o sistema vigente envolve, sob pena de aumento do desemprego e resultantes consequências sociais.

Dou-vos como exemplo da força desse loby no actual sistema, a existência de 68 dessalinizadores em Espanha, e em Portugal apenas 1, há cerca de 50 anos. 

E tudo o que se ouve do presidente da Águas de Portugal - empresa 100% do estado português - é, se necessário, aumentar o preço da água... Entretanto, o PRR aponta para apenas mais um dessanilizador...

Barcelona, Valência, Lanzarote ou Chipre são regiões abastecidas por dessalinizadores.

Porque não são considerados mais dessalinizadores para Portugal?

O loby da construção civil exerce todas as pressões possíveis sobre os governos, para que não acabem as centenas de kms em adutoras de água potável, condutas de águas residuais, barragens e trabalhos inerentes de construção civil que, claro, um dessalinizador• não carece. 

Hoje, já nem podem atacar a existência desses equipamentos pelos "preços da energia": eólicas e fotovoltaicas implicam economias, a prazo, de milhões com energia limpa e renovável.

Se este conluio não vos é óbvio, vejam a cumplicidade da "coincidência" histórica entre aumentos de preços na venda de andares em propriedade horizontal e o despropositado aumento de lucros da banca, com a desculpa crónica da inflação. 

E QUEM MAIS GANHA COM A INFLAÇÃO provocada pelo instantâneo e brutal aumento dos preços? Os bancos, claro. O mundo do trabalho, só perde!

Estamos a falar de negócios de biliões de euros, e dos seus reflexos na política, na economia, no emprego e... na publicidade paga aos media pelo sector e seus derivados.

 

Dessalinizador.



 

sexta-feira, 2 de junho de 2023

A "justiça" o os media apunhalam os sistemas democráticos.

Parece-me quase óbvia a afirmação em título.
Em Portugal, e em quase todo o  mundo democrático, os media primam por pôr em causa instituições, consideradas indispensáveis.

Sem que frequentemente publiquem omissões, inadequações ou injustiças e regularmente sugiram alternativas positivas, os media optam por publicar de "rajada" críticas negativas, em suposta campanha, ao sabor da conveniência de quem lhes paga publicidade.

Com a internet, os media tradicionais entraram num vórtice destrutivo, e são indiferentes a arrastar da Democracia consigo.

Quanto à "justiça", só será pilar de um sistema democrático se for eleita directamente pelo Povo, não for lentíssima, labiríntica, caríssima e limitadora da introdução de métodos processuais de análise.

Pior ainda, quando as duas instituições entram em ILEGAL conluio para pressionarem o regime em seu favor tornando a "justiça", os media em altifalantes daquilo que deveriam ser apenas segredos seus.
De forma descarada, óbvia e regular, os seus elementos vão municiando os media com dispersas, desenquadradas, incertas mas suculentas informações, assassinando actores políticos e com eles, o sistema.

A culpa só será dos políticos quando os media não forem cúmplices na promoção da imagem de incompetentes  oportunistas, quem sabe "subsidiados" pelos mais obscuros interesses (droga,  tráfico de órgãos...) porém, suficientemente interessantes para "pagarem" promoções mediáticas enquanto a "justiça" se vai mostrando incapaz de castigar os desmandos na carreira desses indivíduos.

Media e justiça sem controlo eleitoral são venenos no corpo da Democracia.