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quarta-feira, 30 de agosto de 2023

Nuclear...!


A energia obtida pela fissão do núcleo de H2 é, sem dúvida a, actualmente, melhor substituta do petróleo.

Dependendo da tecnologia - terá de ser de última geração - mais amiga do ambiente, com potência para substituir o petróleo, garante independência energética ao país que a desenvolve (não depende de terceiros normalmente hostis), a matéria-prima é próxima do infinito (urânio 235) e não tem custos de transporte ou de ocupação significativa de espaço.
Existem na Europa e nos USA cerca de 400 unidades (200+200).
França e USA são estados energéticamente autosuficientes.
Todos os acidentes nucleares ocorridos pelo mundo (3 ou 4) nos últimos 50 anos, não causaram mais de 100 vítimas mortais, fossem imediatas fossem a 30 anos.

O loby do petróleo (as 7 sisters) será quem financia, desde os anos 80, os movimentos, "nuclear não, obrigado 🙂".

Levantei politicamente esta lebre no Acção Socialista no Congresso do PS em 1999, creio, em nome da Secção do Ambiente. Ligaram zero, provavelmente para não equacionarem a possível solução.

Não posso pôr de parte o interesse das Galp deste mundo, nessa indiferença...

Perdemos aqui 24 anos...


segunda-feira, 28 de agosto de 2023

Marques, Mentes II?

 

É recente condição necessária, para ser Presidente da República em Portugal, passar 10 anos em programas televisivos semanais, no prime-time de canais abertos. 

Marcelo Rebelo de Sousa fê-lo, Marques Mendes (MM) copia-o. Sem pejo, vergonha ou, sequer, inovação. 

Eu tinha de MM razoável impressão. Até ler "Os facilitadores" de Gustavo Sampaio. Cito de memória mas, cerca da página 49 deste livro, o autor põe a claro os elos de amizade, os negócios e a influência de MM, em "casos" como o do Funchal "de Alberto João & genro". 

MM nunca o desmentiu...! E essas ligações e cumplicidades são, para mim, no mínimo, preocupantes para um futuro candidato a PR.

Mas MM repete agora com alguma insistência, insídia e pitada de veneno político, a estória injectada pela extrema-direita nacional de o nosso país, estar a ser ultrapassado na UE por países recém-aderentes em pib per capita Pib/C.

Transformou o Pib num campeonato, a ver quem está à frente de quem...

E, como dizia António Aleixo num dos seus poemas "Uma mentira para ser segura e atingir profundidade, tem de ter à mistura qualquer coisa de verdade". A "qualquer coisa de verdade" é que há de facto alguns países que nos últimos anos, crescendo mais, obtiveram melhores Pib/C.

Porém o que, sinuosamente MM omite é o que são esses países: A Estónia, a Letónia e Lituânia por exemplo, aderiram à UE em 2004. Quando qualquer pequeno país adere à UE o seu Pib tende a aumentar significativamente pois os apoios financeiros da UE provocam um forte impulso económico com natural reflexo no Pib. 

Foi assim em Portugal após 1986 até 2000, registou crescimentos históricos do PIB logo, do Pib/C.

Porém, é fácil constatar a entrada em patamar de crescimento nesses países, após os primeiros 10 a 15 anos da adesão à UE.

Os três estados do Báltico, em conjunto, têm cerca de 6,3 milhões de habitantes. Os volumes financeiros da UE são divididos por cerca de 2 milhões de pessoas em cada estado, o que mais faz disparar o Pib/C.

Outros países como a Bulgária, a Rep. Checa, a Hungria, a Polónia ou a Roménia, não usam o Euro. Têm moeda própria. Algumas, valendo 1/4 do Euro. O que, mais ainda, potencia aumentos desse indicador.

O que mais me incomoda no argumentário sistemático deste senhor, é a comparação Portugal(Pt)/República Checa (RChc).

Para quem não saiba, a RChc não usa o euro mas, a coroa checa que tem um valor 24 vezes inferior ao euro. Isto implica que os, aproximadamente, 135.000 milhões de euros que Pt recebeu, desde 1986, da UE impactaram no PIB nacional cerca de 6 vezes menos do que os 32.850 mil milhões € (x24) significaram para a RChec desde 2004.

Estranho será porquê MM, se quer falar do tema Pib dentro da zona do Euro, não refere o do Luxemburgo, da Irlanda, dos Países Baixos ou de Malta. Que são  paraísos fiscais, infiltrados na UE! Que dão cobertura e escondem o crime fiscal praticado em países como Portugal os quais, ao longo dos anos, têm - apesar de pequenos, sem grandes recursos naturais e, alguns, periféricos - tentado fazer jogo limpo!

Se Marques Mendes não sabe do que está a falar, esteja calado, mude de assunto, fale do BPN onde uma quadrilha de alto nível do seu partido roubou 9.000 milhões de euros aos impostos nacionais.






quarta-feira, 23 de agosto de 2023

Qual o melhor regime político?

Apesar dos bons resultados exibidos pelo regime democrático na qualidade de vida proporcionada às suas populações, há opiniões que tendem a pôr em causa essa evidência:
Sugerem objeções, erros, criam críticas gerais por motivos menores...

As questões serão: 

- Onde há populações vivendo com mais disponibilidades de formação, informação e financeiras do que no regime democrático?
- Para onde se dirigem os milhares de imigrantes clandestinos ou não, oriundos de outros regimes?

Sabemos que existem regimes que se apelidam de democráticos porém, pouco mais são do que ditaduras disfarçadas.

Democracias, apesar de algumas limitações, serão as da UE, USA, Canadá, Coreia do Sul, Japão, Austrália, Israel e Brasil.

Os restantes países sejam Ditaduras, Teocracias, Monarquias absolutistas ou Narcoestados, mantêm as suas populações dominadas sob limitações de informação, armas e propaganda.

Perante esta evidência sobre a qualidade de vida das populações, permito-me perguntar: 

Quem pagará a quem, para salientar negatividades às democracias, não falando ou conscientemente deturpando as óbvias de outros regimes?




Futuro próximo!

Exageros típicos da Esquerda com promoção prioritária de temas caros apenas a alguns sectores porém intensamente mediatizados como o aborto, regionalização, LGBTs,  aceitação de qualquer tipo de imigração sem controlo de quantidade ou qualidade, onde apenas parecem importar os custos para a construção civil, poderão estar a colocá-la em causa?

Ao governar mediaticamente para lobbies, o governo esquece o seu dever prioritário: Governar, intensa e não mediaticamente, para todos!

É clara a indiferença, tolerância, compreensão e porque não, apoio, às transferências financeiras para offshore, onde já se encontra 1/3 do PIB mundial (e onde, também, se encontra o dinheiro dos tráficos de droga, armas, órgãos, diamantes, humanos...).

É imponente na arrogância e impunidade um judiciarismo dominante, incompetente, politicamente incontrolado e, aparentemente, incontrolável.

Media à solta irresponsáveis e irresponsabilizados enfim, descrédito generalizado do conceito de Democracia permitindo variadas reticências ao bom-senso, para gáudio de uma Direita revanchista condutoura de loucos e/ou assassinos ao poder tais como Trump, Bolsonaro, Modi, Jiping ou Putin.

Onde estão os sucessores dos combatentes pela Democracia Schuman, Delors, Palm, Brandt, Miterrand, González, Soares ou Obama?

Onde estão os paradigmas perdidos, repletos de objectivos a conquistar para um futuro, supostamente, melhor?



sexta-feira, 18 de agosto de 2023

Inflação e oportunismo!

Ao longo de muitos anos, nunca ouvi nenhum comerciante ou agricultor dizer para as televisões: "Agora é que o negócio vai bem...".

Vai sempre mal...! 
Porque chove, porque faz sol, porque não se vende, porque os fornecedores aumentam os preços... e, claro, a rábula acaba sempre culpando ou pedindo ajuda ao governo, substituto actual do "Deus nos ajude" do passado. 

A última culpa atirada ao governo, foi a da inflação. 
Que se vê pressionado a descer ou anular o iva, o ispp, a dar apoios vários e, quando a situação tende a normalizar, fica com o ónus do aumento de alguns preços, com destaque para o dos combustíveis.

É claro que estes profissionais, já estiveram melhor. Recordo uma viagem turística que fiz a Itália, no início do século, onde dos 40 participantes, 4 eram licenciados.

Os restantes... eram empresários do pequeno comércio e famílias.

Esta amostra, evidenciou-me onde então residiam as maiores disponibilidades para gozar férias caras em família e percebi o peso da lógica infantil: 
"Quem não chora, não mama"!

A banalização dos centros comerciais veio, agora, dificultar-lhes a vida porém, temos de considerar uma realidade:
Os cidadãos têm o direito de adquirir bens ao preço mais conveniente.
Não a obrigação de comprar caro pelo argumento de o produto ser, supostamente, português. 

Um negócio, qualquer que ele seja, deve ser uma fórmula para viver, não para enriquecer e menos para "fintar" impostos, única palavra que me surge perante lucros oportunistas, sem limite os quais, se bem que possam ser legais, são IMORAIS. 
Aqui, já não importará a nacionalidade dos consumidores prejudicados ser a portuguesa...

E, por favor, não me digam que há comerciantes honestos. Há apenas comerciantes...




Creches gratuitas...!

António Costa anunciou recentemente uma medida de apoio aos jovens, com grande alcance social:

Mais 6.000 lugares em creches gratuitas. 

Não só economiza custos assinaláveis aos jovens casais como possibilita emprego às jovens mães, milhares de empregos para habilitações de educadores, cozinheiras e auxiliares de cozinha e, também, o aumento de facturação a empresas com objecto social de encargos de operação e manutenção de instalações ou de fornecimento de alimentos.

É uma despesa de grande dimensão social e orçamental, certa e permanente que só será possível encarar em economias crescentes, com governos preocupados prioritariamente com quem dispõe parcos recursos, mas também e principalmente, com o futuro dos seus filhos.

O XXIII governo ao limitar reivindicações corporativas, fundamentalmente, de efeito corporativo e de sobrevivência sindical, fá-lo com sentido social em defesa do sistema democrático e do futuro de todos os portugueses.

Quando o ministro Medina afirma, e bem, que 50% dos portugueses não pagam impostos por o seu nível de rendimentos não atingir o mínimo colectável, está a informar os restantes 50%, que os seus impostos suportam as necessidades básicas da outra metade da população.

Para um governo de Direita isto é um "ultraje" a quem mais aufere.
Para um governo de Esquerda, este é o caminho.
Para mim, também. 

Prefiro um país onde todos tem acesso a mínimos a outro, onde apenas alguns têm acesso a máximos, a maioria pague impostos mas demasiados não tenham acesso a educação e saúde gratuitas.

De notar, uma vez mais, a indiferença com que os media encaram e divulgam este enorme  esforço do governo nas creches.

Se "caísse" outro membro do governo, não se calavam dias, semanas e meses a fio...

Depois surpreendem-se com os resultados eleitorais...!







quarta-feira, 16 de agosto de 2023

Imigração sem integração?


Acolher a imigração é, hoje, uma necessidade europeia.
Uma Europa reconhecidamente envelhecida por uma redução assinalável dos nascimentos por casal, desde a década de 50 do século XX, conduziu à incapacidade da, até então numericamente crescente, substituição de gerações. 

Todos recordaremos a quantidade enorme de irmãos que os nossos avós tinham, quando comparada com o número actual de irmãos numa família média.

A forma mais eficaz de retroceder esta tendência será acolher imigrantes. 

Mas há algum critério conhecido, ainda que genérico, para esse acolhimento?
Que eu saiba não...

Que conhecimentos de inglês/português?
Que exigência de formação académica?
Quais as idades aceites?
Que perspectivas de emprego?
Que apoios de habitação? 
Que apoios de transporte?
Que diferenciação na educação dos filhos (filhos de imigrantes carecem de formação mais intensa de português, por exemplo) de acordo com as necessidades locais da etnia, nacionais e objectivos da UE?

Na minha opinião, tornando obrigatória a aceitação de uma regra nacional - que tarda... - mencionando o cumprimento da exigência da não utilização em espaços públicos, de gesticulação e ornamentação pessoal facilmente identificável com política ou religião.

O estado português deveria também, ao proporcionar habitação condigna, evitar a formação de guetos pela mesma origem étnica, mantendo proporcionalidades semelhantes nas freguesias de acolhimento.

Os portugueses são padrão de uma imigração exemplar. 
É justo que exijam a quem vem, comportamento semelhante!










La Fontaine: O lobo e o cordeiro...

Certas realidades correntes levam-me a recordar a fábula de La Fontaine "O lobo e o cordeiro".*
No caso, e salvo a diferença numérica, o lobo será a minoria activa e o cordeiro a maioria indiferente.

A indiferença do cordeiro misturada com desprezo e medo, permitem ao lobo argumentos patéticos, sem realidade e sem um mínimo suporte lógico, úteis apenas à voracidade do seu objectivo.

Tentar condenar uma população hoje, por erros dos seus antepassados cometidos há 400 ou 500 anos, é de uma irrealidade e injustiça provocatórias, dignas dos mais temíveis sistemas políticos que existiram através dos tempos.

Acordar hoje, fantasmas do passado só poderá conduzir ao surgimento de caça-fantasmas, com prováveis consequências preocupantes.


Por um, não se julgam todos...!



A verdade de que por uma má atitude individual não é lógico avaliar igualmente o carácter de todo um grupo, poderá também ser interpretada como: se alguém tem fome, não será conclusivo que num grupo, todos a tenham...
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Esta última leitura, foi-me sugerida por "peças" de telejornais, entrevistando jovens que alegam viver mal, induzindo no telespectador que a maioria dos jovens viverá mal...

Porém, muitos de nós vemosp centenas de jovens às sextas-feiras e sábados enchendo restaurantes e discotecas consumindo litros de cerveja, para não falar dos milhares que esgotam centenas de concertos por solistas e bandas estrangeiras, com bilhetes longe de serem baratos e bastantes, gozando férias do outro lado do mundo.

Será isto viver com dificuldades?

Será lógico pensar que uma seleção - sem critério conhecido - de entrevistados por uma tv, alegarem viver mal, se conclua que todos vivem mal?

Porquê as tvs não perguntam, à entrada de um desses concertos ou de um voo, a um jovem se ele(a) vive mal?

Porque a banda, o solista ou a agência de viagens paga publicidade aos media?

Será isto liberdade de imprensa?