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sexta-feira, 27 de dezembro de 2024

"Cultura woke"

A cultura woke, frequentemente associada à conscienlização e luta contra injustiças sociais, raciais e de género, é um fenómeno cultural que se popularizou em gerações mais recentes, especialmente entre os millennials e a Geração Z. No entanto, as gerações anteriores (como baby boomers e a Geração X) frequentemente enfrentam dificuldades para aceitar os princípios e pautas dessa cultura. Essas diferenças podem ser explicadas por diversos fatores socioculturais e históricos.

Diferenças entre gerações

  1. Contextos históricos distintos:
    Gerações anteriores cresceram em períodos com valores sociais diferentes, muitas vezes mais conservadores. Mudanças rápidas nos discursos sobre identidade, gênero, sexualidade e raça podem parecer desafiadoras para aqueles acostumados a padrões culturais mais tradicionais.

  2. Foco em individualismo vs. coletivismo:
    A cultura woke enfatiza a responsabilidade coletiva para lidar com problemas estruturais, enquanto gerações anteriores tendem a valorizar o mérito individual como solução para  adversidades.

  3. Mudanças no discurso público:
    O vocabulário associado à cultura woke, como "privilégio", "lugares que se autojustificam" e "cancelamento", pode ser alienante ou mal compreendido por gerações que não tiveram contato com essas ideias em sua formação.

Fragilidade eleitoral dos temas woke

Embora os princípios da cultura woke sejam amplamente defendidos por jovens, eles enfrentam desafios para ganhar apoio eleitoral generalizado. Isso ocorre porque:

  1. Polarização ideológica:
    Muitos eleitores percebem os temas woke como extremistas ou descolados da realidade quotidiana, o que dificulta a criação de consensos amplos.

  2. Resistência cultural:
    Em sociedades mais tradicionais, a adoção de valores progressistas enfrenta forte resistência, especialmente em temas como direitos LGBTQIA+, diversidade racial e equidade de gênero.

  3. Eficácia limitada na comunicação:
    A linguagem ativista da cultura woke pode ser vista como exclusivista, alienando eleitores que não entendem ou discordam desses conceitos.

Dificuldades de aceitação pelas gerações anteriores

  1. Mudança como ameaça:
    Para muitas pessoas mais velhas, as mudanças trazidas pela cultura woke podem ser percebidas como uma rejeição direta dos valores que eles defenderam ao longo de suas vidas.

  2. Preconceitos enraizados:
    Questões como racismo, sexismo ou homofobia eram naturalizadas em gerações anteriores. A desconstrução desses preconceitos exige esforço, o que pode gerar resistência ou negação.

  3. Percepção de fragilidade:
    A cultura woke é, às vezes, criticada por priotizar a sensibilidade e o respeito em detrimento do que algumas gerações mais velhas consideram ser resiliência ou liberdade de expressão.

Caminhos para o diálogo intergeracional

  1. Educação e paciência:
    Incentivar conversas abertas e respeitosas pode ajudar a diminuir o abismo entre as gerações. Explicar o propósito das causas woke sem impor ideias é essencial.

  2. Conexões práticas:
    Mostrar como os temas da cultura woke impactam positivamente a vida quotidiana, como a luta por equidade salarial ou combate à discriminação, pode torná-los mais tangíveis e aceitáveis.

  3. Valorização de experiências compartilhadas:
    Reconhecer as conquistas e desafios enfrentados por gerações anteriores pode abrir espaço para que essas mesmas gerações sejam mais receptivas às tendências atuais.

A cultura woke não é apenas um fenómeno geracional; é parte de um debate mais amplo sobre os valores e a direção que as sociedades contemporâneas devem adotar. Avançar nesse diálogo requer empatia, flexibilidade e disposição para a troca de ideias.

Também a rapidez com que a cultura "woke" se pretender impôr, é contrária à formação cultural tradicional, mais lenta, de absorção e prática de novas tendências.

A cultura "woke", será mais uma tentativa de revolução "woke" pois aparece e tende a impôr-se afrontando culturas bem consolidadas e maioritárias na sociedades ocidentais.




quinta-feira, 19 de dezembro de 2024

Imigrantes e sustentabilidade do SNS.

Acesso Universal e Responsabilidade Financeira

Portugal assegura que todos os indivíduos, independentemente da sua nacionalidade ou situação legal, têm acesso aos cuidados de saúde essenciais. No entanto, a responsabilidade financeira por esses cuidados varia conforme o estatuto do indivíduo:

  • Imigrantes com Autorização de Residência: Estes indivíduos são registados no Registo Nacional de Utentes (RNU) como "registo ativo" e têm acesso ao SNS nas mesmas condições que os cidadãos portugueses, incluindo a aplicação de taxas moderadoras quando aplicável. 


  • Imigrantes sem Autorização de Residência: Aqueles que não possuem autorização de residência ou estão em situação irregular podem aceder ao SNS mediante a apresentação de um documento da Junta de Freguesia que comprove residência em Portugal há mais de 90 dias. São registados no RNU como "registo transitório" e são responsáveis pelo pagamento dos cuidados recebidos, exceto em situações que possam colocar em risco a saúde pública, onde os cuidados são prestados nos mesmos termos que para qualquer cidadão. 


Mecanismos de Ressarcimento

Para minimizar o impacto financeiro no SNS, Portugal implementa mecanismos que permitem identificar a entidade financeiramente responsável pelos cuidados prestados a cidadãos não residentes. Isto possibilita que o Estado português seja ressarcido das despesas incorridas no tratamento de indivíduos que têm cobertura de saúde noutro país, assegurando a reciprocidade e a responsabilidade fiscal entre nações.



Dados Financeiros e Sustentabilidade

Embora não existam dados públicos detalhados que quantifiquem o custo exato do atendimento a imigrantes no SNS, as políticas vigentes garantem que:

  • Os imigrantes contribuem para o financiamento do SNS através de impostos e taxas moderadoras, quando aplicável.

  • Os acordos internacionais e os mecanismos de faturação entre países permitem o ressarcimento de despesas, aliviando a carga financeira sobre o SNS.

Além disso, o acesso universal aos cuidados de saúde promove a saúde pública e previne a propagação de doenças, o que, a longo prazo, resulta em economias significativas para o sistema de saúde.



Conclusão

As medidas implementadas pelo SNS garantem que o atendimento gratuito a imigrantes não compromete significativamente a sua sustentabilidade financeira. A combinação de acesso universal, responsabilidade financeira diferenciada e mecanismos de ressarcimento assegura que o sistema continue a funcionar de forma eficaz, cumprindo os princípios de equidade e justiça social que o orientam.

Para uma compreensão mais aprofundada sobre o acesso de imigrantes aos cuidados de saúde em Portugal, recomenda-se a consulta do estudo da Entidade Reguladora da Saúde. 





















domingo, 15 de dezembro de 2024

"Racismo"!

Tenho de admitir que estou farto!
Branco olha... É racista.
Branco fala... É racista.
Branco à frente na fila?... É racista.
Branco protesta... É racista.

Na indignidade da palavra, a raça negra revela todo um vazio de autoestima, invisível em qualquer outra comunidade imigrante.

Será que por sendo a comunidade imigrsnte mais antiga em Portugal, se vê ultrapassada pela dos europeus de leste, chinesa, brasileira, indiana... que preferem inserir-se laboralmente, educar filhos, pagar impostos em vez de darem prioridade a lançar a culpa e impropérios aos hospedeiros pela sua incapacidade social, profissional e académica?



sábado, 7 de dezembro de 2024

Miguel Sousa Tavares

Hoje acordei e, entre o sono e o despertador, a realidade bateu-me:

Entre mim e o Miguel Sousa Tavares há diferenças nítidas: Ele é galã eu não, ele é louro eu não, ele fuma eu não, ele gosta de touros eu não, ele é do FCP eu não...

À parte tudo isto, e outras coisas mais, tendo a concordar com: A inclinação centrista democrática, inconformidade política, injustiças da "justiça", poder das religiões na política.... e mais!

Agora que os media decretaram "caça" aos possíveis candidatos a PR, introduzo o meu: Miguel Sousa Tavares !

quinta-feira, 5 de dezembro de 2024

Democracia!

Afinal o que é Democracia?
Em que tipo de terreno o sistema político eleito regularmente pelo Povo assenta os seus pilares?

As eleições regulares reflectem a expressão política da vontade popular?
Porquê os deputados não são individualmente eleitos por distrito, concelho ou grupo de concelhos, antes de serem obrigatoriamente nomeados para a lista nacional?
Acaso os deputados deverão maior obediência aos dirigentes dos seus partidos do que a quem os elegeu?
Porquê a insuficiência de metas, de prazos e de quantificações financeiras incluídas num programa eleitoral, não são legalmente puníveis?

Será porque quem faz as leis, se sente com o privilégio de não ter de cumprir promessas que livremente faz, saindo sem penalidades da situação que criou?

Quem se aproveita da visível  insuficiência eleitoral para conseguir dobrar, adiar, adulterar a vontade popular livremente expressa?

terça-feira, 26 de novembro de 2024

Sindicalismo.

Desde que existem sindicatos livres em Portugal a estratégia sindical é a mesma:
Greves, regulares, anuais...

Recordemos que em quase todos os países democráticos que passaram por períodos assinaláveis de crescimento, existiu um fator comum: pacto social.
Ou seja, os sindicatos ou suas federações nesse país, negociaram com os governos valores objetivados a médio prazo, tornando possível a governação sem solavancos económicos a prazo.

Deste modo, foi possível também aos sindicatos estruturarem-se para apoios sociais e comunitários aos seus membros sendo, simultaneamente, parceiros no desenvolvimento económico.





terça-feira, 5 de novembro de 2024

Um planeta, vários níveis de civilização.

Certamente, todos concordamos que vivemos no planeta Terra. 

Mas em qual parte do planeta? 

    1 - Se no chamado Ocidente (designação que atribuo ao conglomerado Austrália, Canadá, Coreia do Sul, EU, Israel, Japão, UK e USA)  poderemos assegurar que desfrutamos de um mundo confortável, onde os suprimentos alimentares estão garantidos, a segurança geral assegurada e direitos humanos aceites. Chamaria a este, nível civilizacional NC 1.

    2 - Já nos chamados Bric (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul) poderemos admitir suprimentos alimentares maioritariamente satisfeitos, segurança geral tensa e direitos humanos parcialmente compreendidos. NC 2.

    3 - O Médio Oriente (onde me atrevo a incluir, para efeitos desta classificação a quase totalidade de países islamitas) poderemos pensar em suprimentos alimentares básico falíveis, insatisfatória segurança social e direitos humanos ignorados, particularmente para as mulheres. NC 3.

    4 - Em qualquer outro país de África, além dos mencionados, nem alimentação, nem água potável nem nada sobre os valores globalmente assinaláveis são, sequer, considerados. NC 4.

Estes quatro patamares civilizacionais são facilmente observáveis seja pela história desses países seja pelos sistemas políticos aí existentes os quais, naturalmente, demonstram desrespeito pelos cidadãos. 

Com este texto pretendo evidenciar porque é difícil qualquer plataforma de entendimento recíproco, para uma pacífica convivência global.

Esta convivência tornou-se muito mais complicada com a vulgarização do conhecimento generalizado de qualquer modus vivendi, possibilitado - Barack Obama dixit - pela disseminação massiva de telemóveis e computadores. As partes pobres da população mundial terão pensado: "Como é que eles têm tanto e nós tão pouco?" Como qualquer humano, não ficará interessado em compreender se tal se deverá a um processo evolutivo natural, catalisado pelos Descobrimentos espanhóis e portugueses nos séculos XV e XVI... 

Ele apenas sente que a sua vida, sendo uma migalha na História, tem direito a ser melhor para si, já.

Vira-se então para os seus dirigentes: "Porquê?", pergunta. E a resposta provável que ouvirá será: 

Porque eles nos colonizaram, escravizaram, roubaram...

Mas, se entre os descontentes alguém se atreve a perguntar porquê os seus dirigentes são riquíssimos, vivem com mais meios que a esmagadora maioria dos ocidentais e é no ocidente onde está a grande parte dos seus bens, dinheiro e filhos a estudar... o regime político castigá-lo-á e o regime religioso o amaldiçoará caso, estes não sejam um e o mesmo...

Com o apoio à Primavera Árabe, 2010, o Ocidente tenta apoiar a instalação de Democracias em vários países árabes. Porém, aquele ainda não era o momento histórico para o fazer. Sendo embora a Democracia o mais tolerante e avançado dos regimes existentes  - o atraso cultural que estimo em 50, 100 e mais de 200 anos respectivamente para o segundo, terceiro e quarto grupo civilizacional - fez abortar a tentativa.

Como será possível que multidões de africanos, arrisquem a sua vida e a de seus filhos em tentativas, regra geral frustradas, de entrar na Europa e não construam condições para provocarem nas suas origens, verdadeiras revoluções francesas, que lhes permitiriam conseguir um futuro mais justo?


Ao estabelecerem as Nações Unidas, na lei internacional, a existência de cerca de 200 países soberanos, esta organização pouco mais conseguiu que condenar indefinidamente os povos da maioria deles à pobreza, a baixos índices de alfabetização, à submissão a ditaduras político-religiosas.

Também parece eternizar, pela indiferença, a existência de "países offshore" - locais que pouco mais são do que receptadores, impunes, do produto do crime financeiro internacional - desde o tráfico de droga ao de órgãos humanos - sem que os países vítimas desses crimes os possam incomodar...

Ou seja, nos que acima designo por quarto mundo e alguns do terceiro, as ditaduras nacionais estão a salvo de intervenções estrangeiras e poderão continuar, sem receios, a submeter violentamente os seus povos. No que designo por primeiro mundo, o crime financeiro estará salvaguardado e pode tranquilamente continuar como até aqui.

Perante esta sinuosa incapacidade com que enfrenta dramas da Humanidade, a ONU diária e constantemente opta por referir o alarme climático... Esta Organização não está preocupada com o futuro dos humanos desfavorecidos no planeta mas sim em dar continuidade e portos seguros a ditadores políticos e saqueadores financeiros existentes no globo.

Esta política global, só poderá conduzir a mais revolta, mais miséria, mais migração, mais mortes.


Diz-nos a História que uma das maiores economias dos nossos dias - Japão - económica e militarmente arruinada em 1945, foi decisivamente impulsionada pela Democracia dos EUA nos trinta anos seguintes. Este o mais rápido e significativo salto civilizacional na História, conseguido em Paz. As economias que ficaram então sob a esfera de forte influência soviética, tendo sofrido menores efeitos da II guerra mundial, em que lugares do ranking económico mundial se encontravam em 1991, ano da queda do muro de Berlim?

É o nível de vida das populações que define os mais convenientes sistemas políticos

Não palavras de narcisistas visando o seu poder pessoal, ainda que ornamentadas de boas intenções!










Hamas.

A minha opinião vale pouco!
Mas penso que o Hamas e seus pares inventaram uma tão nova quanto maléfica, tática de guerra.
O povo que controla, é dogmatizado com as compensações pós-mortem: a vida não importa, ser mártir pela pátria a honra maior.

Este estado de alienação coletiva associado ao ódio estrutural com que insidiam a formação infantil e juvenil, permitiu ao Hamas formar bases militares em escolas, igrejas, hospitais...
transformando a população que deveria defender, em reais escudos humanos.

Vi, e penso que ainda não era I.A., uma mãe respondendo na tv à questão: "Porque uma mãe árabe tem tantos filhos?"
R: "Para os enviar para a morte, no martírio..."

Concluindo: Israel tem toda a razão em ter respondido ao ataque de 07/10/23 com uma guerra, aparentemente, exagerada, dura e sem tréguas contra um inimigo difuso, sem farda ou instalações regulares, completamente protegido, suportado e dissimulado por uma sociedade supostamente civil.

Há porém uma falha dificilmente perdoável: Desde o primeiro contra-ataque, Israel deveria ter aberto corredor para mulheres, idosos e crianças garantindo a sua segurança e sobrevivência!



sexta-feira, 19 de abril de 2024

Conceito de pátria.

Alguém, algum dia, teve tempo para pensar porquê têm de existir 205 "pátrias" no mundo?
A quem serve o conceito de pátria local por menos importante que ele seja?
Por pior que viva o seu povo?
A minha opinião:
Pátria é um conceito fundamental a quem lá, detém privilégios.

É deter poder no governo desse país, que quer manter com o custo dos compatriotas.
Pensando melhor, quanto menos educado um povo, mais explorado é por aqueles que o dominam!
Em nome desse domínio vêm os acessos de patrotismo, constróem-se ódios a outras pátrias, encetam-se guerras, tantas vezes, em nome da religião.
Pergunto-me porque em vez de 205 pátrias não existirão apenas 3 ou 4 avaliadas pelo melhor bem-estar que proporcionam aos seus povos, liberdade de expressão de pensamento  e de decisão política do povo.

Porque não será perguntado a qualquer população do mundo se quer a sua pátria como está ou, se gostaria de a ver totalmente integrada numa outra, onde vantagens cívicas e financeiras fossem evidentes, como a UE?



terça-feira, 27 de fevereiro de 2024

Lucro sem limite...

Um dos problemas da subsídiação de uma qualquer "bolha" é o aumento imediato de preços, generalizado.

Quem precisa é subsidiado, mas quem não é subsidiado, paga muito mais caro!

Este "problema" só se coloca porque não há limite aos lucros...

Se quem vende um produto, não o pudesse fazer por mais de X por cento sobre o preço de compra (no caso das rendas, seria um factor entre o preço de compra do imóvel e o valor permitido para seu aluguer, por forma a ter o "turnover" ao fim de 20 anos, por tratar-se de um bem durável...) os aumentos teriam limite compreensível e não andariam ao sabor dos "puxões" inflacionários óptimos APENAS para construtores civis e sua aliada financiadora, a banca que -obrigatoriamente- declaram períodos de, tão imenso quanto injustificado, aumento dos lucros.

Aí, ver-se-ia se o apoio era ou não justificado e quanto, não ficando a situação ao sabor do "mercado" com os seus regulares e convenientes "arranques"  inflacionistas onde apenas ganham a banca, construtores e comerciantes especuladores.

QUEM VIVE DO TRABALHO, SÓ PERDE!

terça-feira, 20 de fevereiro de 2024

O politicamente fundamental!

Todos nós, todos os dias, somos assoberbados com imagens de imigrantes oriundos de zonas económica ou/e politicamente desfavorecidos tentando passar as fronteiras para a Europa ou a sul nos EUA.

Trata-se de imigração provocada pelo desespero de encontrar soluções nas suas origens, para necessidades básicas que os seus telemóveis lhes dizem existirem no "primeiro mundo".

Comparando as disponibilidades deste com as do seus países, facilmente entendem que nos 60 anos das suas vidas úteis, estes terão sempre inferior qualidade de vida para lhes oferecer bem como, à sua família.

Daí, que a todos nós doa que o mundo não seja mais equilibrado, mais igual, mais humanitário.

Mas, porquê?

Porque, em parte desse mundo, após o século XV surgiram pelo esforço de alguns, inovações que foram pilares decisivos para futuro* e que os seus sucessores aproveitaram decisivamente para criar uma civilização económica, intelectual, financeira, social enfim, culturalmente superior.

O percurso não foi fácil nem isento de sangue.

A Revolução Francesa aconteceu em 1789 por um povo faminto e apontou alternativa a Ditaduras monárquicas apoiadas pela religião.

Este o caminho necessário a quem se quer libertar de ditadores, religiosos ou não. 

Provocar uma revolução no seu país. 

Não abandonar o seu povo na miséria e procurar para si só um mundo melhor.


*https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Cronologia_das_descobertas_cient%C3%ADficas




quinta-feira, 8 de fevereiro de 2024

Macaco, a vedeta.

De facto, estou com ciúmes!
Eu, que toda a vida trabalhei, nunca roubei, nunca trafiquei, nunca - por acaso, claro - entrei num tribunal, sou marginalizado pelos media.

Um bandido, chefe de claque, traficante, aparentemente em conluio com "gente de bem", é a estrela dos media:

Reportagens em direto várias vezes ao dia, assédio aos advogados dos arguidos, roteiro e hora de transferências de local, tentativas de entrevista, fotos à discrição, notícias nos telejornais e admiram-se de quê?

De um tipo honesto optar por ser bandido?
Quais as vantagens sociais de se lutar por ser honesto? 
Nem medalhas o PR lhe dá.
Mas vigaristas, bem engravatados, fazem fila para as receber...

As Democracias têm de EDUCAR os media. Estes não podem ser empresas como quaisquer outras, de capital maioritário privado e acionistas desconhecidos, ao sabor dos venenos convenientes.

A lei que regula os media tem de obrigar a equilibrar o negativo com o positivo em todos os setores sociais, sob pena de pesadas multas.

terça-feira, 6 de fevereiro de 2024

O papel moeda, serve a quem?

Papel moeda?

Penso ser por demais evidente que o dinheiro colocado em offshore (paraíso fiscal) servirá principalmente para "pagar" corrupção a decisores, políticos ou de carreira.

O dinheiro, em papel, é o processo eleito por todo o tipo de traficantes - desde droga, armas a órgãos - para acumular e esconder fortunas em offshore.

Há anos, li em jornais que, quer a Dinamarca (2018) quer a França (mais tarde) iriam aplicar um sistema de pagamentos exclusivos online.

Até hoje...😑

Será que o dinheiro sujo já consegue adiar o que parece ser a única resposta rápida dos estados a traficantes?



domingo, 21 de janeiro de 2024

4° poder?

Em tempos de, raro, congresso de jornalistas ouvi mais de uma vez, referir os media como 4° poder.
Até entendo o porquê!

Mas dito com ar sério, por profissionais do setor, parece-me provocatório...

Acaso em Democracia, além do Governo e Tribunais, poderão existir poderes, fátuos por natureza, não sujeitos a sufrágio?

Que poder é esse, que reivindica liberdade "de imprensa" mas que recusa a mais elementar regra da Democracia?

É impossível pensar em votação regular para órgãos de imprensa?
Será. Mas já não o será, por referendos ocasionais decidindo qual(is) os media que merecem apoio do estado, quanto e por que prazo. 

Proponho um prazo entre estas consultas não inferior a 6 (seis) anos e agendado com a antecedência mínima de 2 (dois) anos.

A participação pública legitimará a ação mediática, liberta-a de favores do 1° poder e liberta este, de acusação de favorecimento.

Esta possibilidade, em nada belisca o artigo 115° da CRP, nem das respetivas remissões caso, haja vontade política para os realizar.






segunda-feira, 15 de janeiro de 2024

Mudam os tempos, mas o amor à liberdade mantém-se!


Após 1945 seguiram-se, no Ocidente alargado, "30 anos de ouro".
Graças ao "Plano Marshall", as completamente destruídas economias do Japão e Alemanha, conquistariam, 20 anos pós 1945, o 3° e 2° lugares no ranking mundial.
Nunca na História um país vencedor, terá apoiado a este nível economias vencidas, mantendo-lhes a independência política.

Nos "30 anos de ouro" no Ocidente alargado proliferaram as democracias.

Com elas, todo o tipo de eletrodomésticos, automóveis e aviões nascem e aperfeiçoam-se.
Os EUA colocam o 1° homem na Lua, a 400.000km.
Nascem serviços de saúde e educação quase gratuitos, pensão de aposentação, compra de andares em propriedade horizontal, fins de semana com dois dias, em vez de um como até então, férias de 30 dias, pagas...

A vida melhorava diariamente e o futuro seria risonho.

Cerca de 1975 porém, os estados democráticos sofrem sofrem dois choques petrolíferos e começam a sentir dificuldade em manter e/ou aumentar o "status quo" social conseguido até aí.
Neste ano é eleita no UK Margaret Thatcher e, 6 anos depois, Ronald Regan nos EUA.

Qualquer deles adopta a política económica liberal advogada pela chamada "escola de Chicago", onde pontifica o Nobel de 1976 Milton Friedman*.

Este, defende a privatização quase total das funções dos estados, nem tanto para os libertar dos encargos assumidos mas, por os considerar altamente nocivos nos preços dos serviços que prestam.

Já na altura, em entrevista, M.Friedman refere que apenas as economias de Macau e H.Kong se aproximavam do seu ideal (nunca mencionando que estas economias dependiam quase completamente do jogo e já então eram, como hoje, paraísos fiscais).

Porém, com base nestas lógicas, Thatcher e Regan desenvolvem um processo de desmembramento económico dos seus estados. 

Por esta altura, os primeiros computadores aparecem no mercado e, cerca de dez anos depois, a robotização da indústria inicia uma acumulação de capital, ímpar na História, onde um mínimo de indivíduos consegue um valor em bens igual ao do resto da humanidade.

Pior: O humano desenvolveu recentemente um processamento de informação tão rápido e eficaz, a Inteligência Artificial, que resolve em horas, o que um grupo de humanos especializado levaria anos a conseguir.


Pensamento, tanto quanto possível, independente: 

A continuidade da espetacularidade das conquistas dos sistemas democráticos entre 45 e 75 entrou em patamar económico.

As democracias mantêm sobretudo o património da máxima liberdade social possível, estudando as melhores soluções para saídas sociais úteis, face aos atuais constrangimentos de base digital, altamente favoráveis à acumulação de gigantescas fortunas e aumento do desemprego.


Faça duplo click abaixo:

*https://jacobin.com.br/2023/09/economistas-neoliberais-como-milton-friedman-aplaudiram-a-ditadura-de-augusto-pinochet/






segunda-feira, 8 de janeiro de 2024

Combóio!

Exceto para transporte de minério e muito pouco mais, o tempo ultrapassou a necessidade da estrutura ferroviária.
Caríssima em investimento, operação e manutenção, com custos insuportáveis sem o apoio dos governos, distante da maioria dos centros populacionais que deveria servir, extensões preocupantes para garantir
segurança antiterror, foi determinante para o desenvolvimento da humanidade no século XIX mas, decaiu irrecuperavelmente com o surgimento do automóvel um século depois.
O TGV terá sido uma fuga para a frente, após na década de 1990 se ter previsto a saturação do espaço aéreo europeu.
Porém, as construtoras aeronáuticas já produziram aviões com o dobro e triplo das capacidades de então, sem necessitarem alterar as estruturas operativas pelo que, a "solução" nunca o chegou a ser.
Há que ter a coragem política de planear o "phasing out" do combóio, estruturas e pessoal, adaptando-as, talvez, a um futuro onde os drones serão donos dos transportes.


segunda-feira, 1 de janeiro de 2024

Putin, o KGB.


Putin tem eleições em 17 de Março de 2024!


Putin, um ex-KGB, que só Bóris Yeltsin terá sabido porque o nomeou (à boa maneira soviética), como seu sucessor.

Putin, sabe-se agora, tinha o plano de dar à Rússia, a enormidade geográfica da União Soviética.

Começou por aliciar os "Verdes" alemães - em aliança de governo com o SPD de Schröder - "fazendo-os acreditar" que energias obtidas pelas vias nuclear, carvão e petróleo seriam descartáveis face às vantagens(?) do petróleo russo que Putin, se propunha vender a preços vantajosos.

A Alemanha encetou um programa para descartar todas as fontes energéticas que então usava e, em 2022, dependia do gás russo em 43% já com o, entretanto, ex-chanceler Schröder na presidência da Gazprom - empresa estatal russa para fornecimento de gás - há vários anos, como presidente.


Entretanto, Putin tinha testado a resposta da União Europeia - onde a economia alemã é preponderante - a várias intervenções militares russas: Geórgia, 2008 e Crimeia, 2014.

A UE foi passiva a reagir...

Em 2022, Putin invade a Ucrânia mas aqui, encontra forte resistência ucraniana e posterior apoio da UE e EUA, arrastando até hoje. 

Face às próximas eleições (tipo plebiscito) na Rússia em Março de 2024, o ex-KGB Putin, apesar da tão desastrosa campanha ucraniana, terá todas as condições para vencer.


Há a patética possibilidade de o grande admirador americano de Putin, Trump, triunfar também em Novembro próximo, no seu país.


Que esperará a Europa para reforçar fortemente o seu aparelho de defesa?