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sábado, 7 de dezembro de 2024

Miguel Sousa Tavares

Hoje acordei e, entre o sono e o despertador, a realidade bateu-me:

Entre mim e o Miguel Sousa Tavares há diferenças nítidas: Ele é galã eu não, ele é louro eu não, ele fuma eu não, ele gosta de touros eu não, ele é do FCP eu não...

À parte tudo isto, e outras coisas mais, tendo a concordar com: A inclinação centrista democrática, inconformidade política, injustiças da "justiça", poder das religiões na política.... e mais!

Agora que os media decretaram "caça" aos possíveis candidatos a PR, introduzo o meu: Miguel Sousa Tavares !

quinta-feira, 5 de dezembro de 2024

Democracia!

Afinal o que é Democracia?
Em que tipo de terreno o sistema político eleito regularmente pelo Povo assenta os seus pilares?

As eleições regulares reflectem a expressão política da vontade popular?
Porquê os deputados não são individualmente eleitos por distrito, concelho ou grupo de concelhos, antes de serem obrigatoriamente nomeados para a lista nacional?
Acaso os deputados deverão maior obediência aos dirigentes dos seus partidos do que a quem os elegeu?
Porquê a insuficiência de metas, de prazos e de quantificações financeiras incluídas num programa eleitoral, não são legalmente puníveis?

Será porque quem faz as leis, se sente com o privilégio de não ter de cumprir promessas que livremente faz, saindo sem penalidades da situação que criou?

Quem se aproveita da visível  insuficiência eleitoral para conseguir dobrar, adiar, adulterar a vontade popular livremente expressa?

terça-feira, 26 de novembro de 2024

Sindicalismo.

Desde que existem sindicatos livres em Portugal a estratégia sindical é a mesma:
Greves, regulares, anuais...

Recordemos que em quase todos os países democráticos que passaram por períodos assinaláveis de crescimento, existiu um fator comum: pacto social.
Ou seja, os sindicatos ou suas federações nesse país, negociaram com os governos valores objetivados a médio prazo, tornando possível a governação sem solavancos económicos a prazo.

Deste modo, foi possível também aos sindicatos estruturarem-se para apoios sociais e comunitários aos seus membros sendo, simultaneamente, parceiros no desenvolvimento económico.





terça-feira, 5 de novembro de 2024

Um planeta, vários níveis de civilização.

Certamente, todos concordamos que vivemos no planeta Terra. 

Mas em qual parte do planeta? 

    1 - Se no chamado Ocidente (designação que atribuo ao conglomerado Austrália, Canadá, Coreia do Sul, EU, Israel, Japão, UK e USA)  poderemos assegurar que desfrutamos de um mundo confortável, onde os suprimentos alimentares estão garantidos, a segurança geral assegurada e direitos humanos aceites. Chamaria a este, nível civilizacional NC 1.

    2 - Já nos chamados Bric (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul) poderemos admitir suprimentos alimentares maioritariamente satisfeitos, segurança geral tensa e direitos humanos parcialmente compreendidos. NC 2.

    3 - O Médio Oriente (onde me atrevo a incluir, para efeitos desta classificação a quase totalidade de países islamitas) poderemos pensar em suprimentos alimentares básico falíveis, insatisfatória segurança social e direitos humanos ignorados, particularmente para as mulheres. NC 3.

    4 - Em qualquer outro país de África, além dos mencionados, nem alimentação, nem água potável nem nada sobre os valores globalmente assinaláveis são, sequer, considerados. NC 4.

Estes quatro patamares civilizacionais são facilmente observáveis seja pela história desses países seja pelos sistemas políticos aí existentes os quais, naturalmente, demonstram desrespeito pelos cidadãos. 

Com este texto pretendo evidenciar porque é difícil qualquer plataforma de entendimento recíproco, para uma pacífica convivência global.

Esta convivência tornou-se muito mais complicada com a vulgarização do conhecimento generalizado de qualquer modus vivendi, possibilitado - Barack Obama dixit - pela disseminação massiva de telemóveis e computadores. As partes pobres da população mundial terão pensado: "Como é que eles têm tanto e nós tão pouco?" Como qualquer humano, não ficará interessado em compreender se tal se deverá a um processo evolutivo natural, catalisado pelos Descobrimentos espanhóis e portugueses nos séculos XV e XVI... 

Ele apenas sente que a sua vida, sendo uma migalha na História, tem direito a ser melhor para si, já.

Vira-se então para os seus dirigentes: "Porquê?", pergunta. E a resposta provável que ouvirá será: 

Porque eles nos colonizaram, escravizaram, roubaram...

Mas, se entre os descontentes alguém se atreve a perguntar porquê os seus dirigentes são riquíssimos, vivem com mais meios que a esmagadora maioria dos ocidentais e é no ocidente onde está a grande parte dos seus bens, dinheiro e filhos a estudar... o regime político castigá-lo-á e o regime religioso o amaldiçoará caso, estes não sejam um e o mesmo...

Com o apoio à Primavera Árabe, 2010, o Ocidente tenta apoiar a instalação de Democracias em vários países árabes. Porém, aquele ainda não era o momento histórico para o fazer. Sendo embora a Democracia o mais tolerante e avançado dos regimes existentes  - o atraso cultural que estimo em 50, 100 e mais de 200 anos respectivamente para o segundo, terceiro e quarto grupo civilizacional - fez abortar a tentativa.

Como será possível que multidões de africanos, arrisquem a sua vida e a de seus filhos em tentativas, regra geral frustradas, de entrar na Europa e não construam condições para provocarem nas suas origens, verdadeiras revoluções francesas, que lhes permitiriam conseguir um futuro mais justo?


Ao estabelecerem as Nações Unidas, na lei internacional, a existência de cerca de 200 países soberanos, esta organização pouco mais conseguiu que condenar indefinidamente os povos da maioria deles à pobreza, a baixos índices de alfabetização, à submissão a ditaduras político-religiosas.

Também parece eternizar, pela indiferença, a existência de "países offshore" - locais que pouco mais são do que receptadores, impunes, do produto do crime financeiro internacional - desde o tráfico de droga ao de órgãos humanos - sem que os países vítimas desses crimes os possam incomodar...

Ou seja, nos que acima designo por quarto mundo e alguns do terceiro, as ditaduras nacionais estão a salvo de intervenções estrangeiras e poderão continuar, sem receios, a submeter violentamente os seus povos. No que designo por primeiro mundo, o crime financeiro estará salvaguardado e pode tranquilamente continuar como até aqui.

Perante esta sinuosa incapacidade com que enfrenta dramas da Humanidade, a ONU diária e constantemente opta por referir o alarme climático... Esta Organização não está preocupada com o futuro dos humanos desfavorecidos no planeta mas sim em dar continuidade e portos seguros a ditadores políticos e saqueadores financeiros existentes no globo.

Esta política global, só poderá conduzir a mais revolta, mais miséria, mais migração, mais mortes.


Diz-nos a História que uma das maiores economias dos nossos dias - Japão - económica e militarmente arruinada em 1945, foi decisivamente impulsionada pela Democracia dos EUA nos trinta anos seguintes. Este o mais rápido e significativo salto civilizacional na História, conseguido em Paz. As economias que ficaram então sob a esfera de forte influência soviética, tendo sofrido menores efeitos da II guerra mundial, em que lugares do ranking económico mundial se encontravam em 1991, ano da queda do muro de Berlim?

É o nível de vida das populações que define os mais convenientes sistemas políticos

Não palavras de narcisistas visando o seu poder pessoal, ainda que ornamentadas de boas intenções!










Hamas.

A minha opinião vale pouco!
Mas penso que o Hamas e seus pares inventaram uma tão nova quanto maléfica, tática de guerra.
O povo que controla, é dogmatizado com as compensações pós-mortem: a vida não importa, ser mártir pela pátria a honra maior.

Este estado de alienação coletiva associado ao ódio estrutural com que insidiam a formação infantil e juvenil, permitiu ao Hamas formar bases militares em escolas, igrejas, hospitais...
transformando a população que deveria defender, em reais escudos humanos.

Vi, e penso que ainda não era I.A., uma mãe respondendo na tv à questão: "Porque uma mãe árabe tem tantos filhos?"
R: "Para os enviar para a morte, no martírio..."

Concluindo: Israel tem toda a razão em ter respondido ao ataque de 07/10/23 com uma guerra, aparentemente, exagerada, dura e sem tréguas contra um inimigo difuso, sem farda ou instalações regulares, completamente protegido, suportado e dissimulado por uma sociedade supostamente civil.

Há porém uma falha dificilmente perdoável: Desde o primeiro contra-ataque, Israel deveria ter aberto corredor para mulheres, idosos e crianças garantindo a sua segurança e sobrevivência!



sexta-feira, 19 de abril de 2024

Conceito de pátria.

Alguém, algum dia, teve tempo para pensar porquê têm de existir 205 "pátrias" no mundo?
A quem serve o conceito de pátria local por menos importante que ele seja?
Por pior que viva o seu povo?
A minha opinião:
Pátria é um conceito fundamental a quem lá, detém privilégios.

É deter poder no governo desse país, que quer manter com o custo dos compatriotas.
Pensando melhor, quanto menos educado um povo, mais explorado é por aqueles que o dominam!
Em nome desse domínio vêm os acessos de patrotismo, constróem-se ódios a outras pátrias, encetam-se guerras, tantas vezes, em nome da religião.
Pergunto-me porque em vez de 205 pátrias não existirão apenas 3 ou 4 avaliadas pelo melhor bem-estar que proporcionam aos seus povos, liberdade de expressão de pensamento  e de decisão política do povo.

Porque não será perguntado a qualquer população do mundo se quer a sua pátria como está ou, se gostaria de a ver totalmente integrada numa outra, onde vantagens cívicas e financeiras fossem evidentes, como a UE?



terça-feira, 27 de fevereiro de 2024

Lucro sem limite...

Um dos problemas da subsídiação de uma qualquer "bolha" é o aumento imediato de preços, generalizado.

Quem precisa é subsidiado, mas quem não é subsidiado, paga muito mais caro!

Este "problema" só se coloca porque não há limite aos lucros...

Se quem vende um produto, não o pudesse fazer por mais de X por cento sobre o preço de compra (no caso das rendas, seria um factor entre o preço de compra do imóvel e o valor permitido para seu aluguer, por forma a ter o "turnover" ao fim de 20 anos, por tratar-se de um bem durável...) os aumentos teriam limite compreensível e não andariam ao sabor dos "puxões" inflacionários óptimos APENAS para construtores civis e sua aliada financiadora, a banca que -obrigatoriamente- declaram períodos de, tão imenso quanto injustificado, aumento dos lucros.

Aí, ver-se-ia se o apoio era ou não justificado e quanto, não ficando a situação ao sabor do "mercado" com os seus regulares e convenientes "arranques"  inflacionistas onde apenas ganham a banca, construtores e comerciantes especuladores.

QUEM VIVE DO TRABALHO, SÓ PERDE!