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quarta-feira, 14 de junho de 2023

Marcelo, o orador compulsivo.

Marcelo é aquilo a que eu chamo homem equilibrado.

Porém, depois do recente assédio mediatizado de ataque ao PM - com cartazes e palavras dignas de apoiantes de Trump - uma ou duas centenas de indivíduos que se afirmam educadores de jovens invetivaram publicamente António Costa em nome da sua conveniência profissional, repensei.

Marcelo argumentou que por causa de centenas, não podem ser castigados milhares...

Tal como no passado, prof. Marcelo, não deveriam ter sido castigados milhões de portugueses - que nada fizeram - pelos crimes de dezenas praticados no BPN e no BES... MAS FORAM!

Dois pesos, duas medidas, de acordo com as conveniências de circunstância ou será  necessidade compulsiva de falar instantaneamente, sem reflectir, aos assediadores mediáticos?

Será que vivemos em Democracia (medíocre embora...) ou seremos conduzidos diária e mediaticamente por vanguardas revolucionárias de assédio público?

E a lei não prevê penalidades?




domingo, 11 de junho de 2023

O passado existiu. E existe, para comparar...!

Das, raras, vantagens da velhice destaco tempo para pensar e  experiências vividas, para recordar e comparar.

Inevitavelmente, recordei o tempo em que a lei impunha limite ao lucro empresarial. 
Na década de 1950, a mais-valia não podia exceder cerca de 30% da despesa.

Claro que essa lei desapareceu!

Agora o céu é o limite.
Tal nem seria muito importante se, em todos os sectores,  a concorrência funcionasse.

Porém, há sectores privilegiados onde é o cartel quem dita a lei conveniente, perante as passividades governativa e sindical. 
Refiro os bancos, seguros, combustíveis para automóveis, eléctricas, gás, construção civil, telecomunicações... por exemplo...

Sendo o céu o limite, as administrações tentam lá chegar, tão rapidamente quanto possível, aumentando continuamente os lucros.
Os accionistas agradecem, pressionando governos para a passividade e sindicatos para a cumplicidade.

Sindicatos cúmplices do patronato?

De facto. Por exemplo, se os trabalhadores de menores rendimentos desse sindicato, auferirem tanto ou mais que os de maior rendimento de outra atividade social.
Exemplo: 
Um contínuo bancário auferir tanto como um técnico superior na função pública...





sexta-feira, 9 de junho de 2023

Os juros dos Certificados de Aforro, CsA.

É um tema saboroso para a Oposição, a redução em cerca de um ponto percentual, na remuneração dos CsA.

"Cedência aos bancos" é o dito por políticos oposicionistas, mestres em perfídia mas maus como alunos de finança...

Qualquer cidadão que pague impostos, percebe que os 3,5% de juros pagos pelo governo à minoria detentora de CsA, saem dos impostos de TODOS nós.

O governo pagou bem mais do que a média bancária enquanto considerou que, ao fazê-lo, incorporava receitas para investimentos prioritários, tidos como urgentes.

Quando conseguiu dinheiro suficiente para o planeado, baixou esse juro, que é pago, recordo, pelos impostos de TODOS.

E o mercado normalizou. 

E os impostos pagam a partir de agora, um valor semelhante ao da banca.
O governo, fez o que devia e... parou.

Se o tipo de banca que temos é sovina, cartelizante, gananciosa, financeiramente acumuladora e economicanente imprestável, é um problema estrutural, sobre tudo, de indevidos privilégios bancários.

Carecerá mais de políticas locais do que desculpas globais.

Agora, afirmar para os media, sempre abertos a escândalos, que o governo cedeu às pressões da banca, é não respeitar os impostos pagos pelos que, não tendo poder de compra para adquir CsA, se veem obrigados a pagar juros altos, a quem os pode comprar...



quarta-feira, 7 de junho de 2023

A quem não interessa a dessanilização?

As sociedades democráticas desenvolvem-se economicamente, privilegiando alguns sectores da economia os quais, arrastam outros consigo.

No caso português um desses sectores foi, e ainda é, o da construção civil, com regulares e "incompreensíveis" estapafúrdios lucros.

Qualquer proposta de alteração de sistema político, mais do que governação, tem de levar em consideração os interesses que o sistema vigente envolve, sob pena de aumento do desemprego e resultantes consequências sociais.

Dou-vos como exemplo da força desse loby no actual sistema, a existência de 68 dessalinizadores em Espanha, e em Portugal apenas 1, há cerca de 50 anos. 

E tudo o que se ouve do presidente da Águas de Portugal - empresa 100% do estado português - é, se necessário, aumentar o preço da água... Entretanto, o PRR aponta para apenas mais um dessanilizador...

Barcelona, Valência, Lanzarote ou Chipre são regiões abastecidas por dessalinizadores.

Porque não são considerados mais dessalinizadores para Portugal?

O loby da construção civil exerce todas as pressões possíveis sobre os governos, para que não acabem as centenas de kms em adutoras de água potável, condutas de águas residuais, barragens e trabalhos inerentes de construção civil que, claro, um dessalinizador• não carece. 

Hoje, já nem podem atacar a existência desses equipamentos pelos "preços da energia": eólicas e fotovoltaicas implicam economias, a prazo, de milhões com energia limpa e renovável.

Se este conluio não vos é óbvio, vejam a cumplicidade da "coincidência" histórica entre aumentos de preços na venda de andares em propriedade horizontal e o despropositado aumento de lucros da banca, com a desculpa crónica da inflação. 

E QUEM MAIS GANHA COM A INFLAÇÃO provocada pelo instantâneo e brutal aumento dos preços? Os bancos, claro. O mundo do trabalho, só perde!

Estamos a falar de negócios de biliões de euros, e dos seus reflexos na política, na economia, no emprego e... na publicidade paga aos media pelo sector e seus derivados.

 

Dessalinizador.



 

sexta-feira, 2 de junho de 2023

A "justiça" o os media apunhalam os sistemas democráticos.

Parece-me quase óbvia a afirmação em título.
Em Portugal, e em quase todo o  mundo democrático, os media primam por pôr em causa instituições, consideradas indispensáveis.

Sem que frequentemente publiquem omissões, inadequações ou injustiças e regularmente sugiram alternativas positivas, os media optam por publicar de "rajada" críticas negativas, em suposta campanha, ao sabor da conveniência de quem lhes paga publicidade.

Com a internet, os media tradicionais entraram num vórtice destrutivo, e são indiferentes a arrastar da Democracia consigo.

Quanto à "justiça", só será pilar de um sistema democrático se for eleita directamente pelo Povo, não for lentíssima, labiríntica, caríssima e limitadora da introdução de métodos processuais de análise.

Pior ainda, quando as duas instituições entram em ILEGAL conluio para pressionarem o regime em seu favor tornando a "justiça", os media em altifalantes daquilo que deveriam ser apenas segredos seus.
De forma descarada, óbvia e regular, os seus elementos vão municiando os media com dispersas, desenquadradas, incertas mas suculentas informações, assassinando actores políticos e com eles, o sistema.

A culpa só será dos políticos quando os media não forem cúmplices na promoção da imagem de incompetentes  oportunistas, quem sabe "subsidiados" pelos mais obscuros interesses (droga,  tráfico de órgãos...) porém, suficientemente interessantes para "pagarem" promoções mediáticas enquanto a "justiça" se vai mostrando incapaz de castigar os desmandos na carreira desses indivíduos.

Media e justiça sem controlo eleitoral são venenos no corpo da Democracia.

sábado, 27 de maio de 2023

Todos somos, naturalmente, corruptos!


É fácil - e para alguns até estimulante do seu, auto-avaliado, honesto ego - ouvir os media falarem de corruptos.

Para a generalidade das pessoas é fácil apelidar ou dar a entender que outra, particularmente se político, é corrupta.
Porém, qualquer cidadão mesmo  jornalista, muito provavelmente, nunca terá sentido a força de um corruptor.

O "negócio" proposto em causa é de tal forma "interessante" que o corruptor - quase sempre um financeiro ou um "pato-bravo" - sem dificuldade, oferece ao decisor 10 a 20 anos do valor do salário mensal deste.
Ao político bastará apenas assinar!

Pergunto: 

   Quantos de nós, cidadãos comuns, resistiriam à oferta instantânea de 20 anos de salário ou seja, 240 meses de ordenado instantaneamente pagos?

   Quantos de nós tiveram formação moral para recusar tal oferta?

   Quantos de nós desconhecem, e muito menos os media que o repetem à exaustão, o crime de corrupção ser, em 98% dos casos julgados em tribunal, arquivado por "falta de provas" e, em consequência quer o corrupto quer o corruptor saírem ilesos, e ricos, do processo?

   Qual o peso no quadro penal - normalmente sob a forma de "pena suspensa" - para este tipo de crime?

É fácil a qualquer indivíduo afirmar-se honesto, porque em toda a sua vida nunca tais valores, muito provavelmente, lhe foram propostos.

Mas... aos políticos? Facílimo! Basta assinar...

Porque parece ser impossível travar este crime? 

Porque os menos interessados nisso são, claro, quem dele mais beneficia e quem detém o poder para tal, caso lhe interessasse.


Se o tema o atrai recomendo-lhe, vivamente: 
"CORRUPTÍVEIS" de Brian Klaas, Bertrand Editora, particularmente o capítulo V.
Em Defesa da Democracia, Reflexões, edição do autor. Livraria Barata, Av. Roma 11A, Lisboa. Págs 126 a 132.



sexta-feira, 26 de maio de 2023

Basta de Chega!

Há um risco evidente porém, convenientemente esquecido: 
Em política, só pode ter errado quem teve passado político.

Os jovens partidos à direita, são virgens canoras - sem passado político conhecido ou presente avaliável - ocupando apenas espaço mediático, diária e exaustivamente oferecido, para comentários menores, de alcova, tentando diminuir ou ocultar o que de bom se vai conseguindo, sem se incomodarem a dizer como fariam melhor na circunstância e prometendo paraísos futuros os quais, sabemos nós, pouco mais são que infernos sociais.

Quem conhece, por exemplo,  André Ventura, sabe que a especilidade deste deputado é passar dinheiro para offshore (paraísos fiscais, únicos que conhecerá bem) praticando-a, em duplo emprego, na firma Finpartner, associada da Caiado Guerreiro, especializada em vistos gold e imobiliário de luxo.

É a este tipo de indivíduos que entregamos o voto de quem trabalha?