Após 1945 seguiram-se, no Ocidente alargado, "30 anos de ouro".
Graças ao "Plano Marshall", as completamente destruídas economias do Japão e Alemanha, conquistariam, 20 anos pós 1945, o 3° e 2° lugares no ranking mundial.
Nunca na História um país vencedor, terá apoiado a este nível economias vencidas, mantendo-lhes a independência política.
Nos "30 anos de ouro" no Ocidente alargado proliferaram as democracias.
Com elas, todo o tipo de eletrodomésticos, automóveis e aviões nascem e aperfeiçoam-se.
Os EUA colocam o 1° homem na Lua, a 400.000km.
Nascem serviços de saúde e educação quase gratuitos, pensão de aposentação, compra de andares em propriedade horizontal, fins de semana com dois dias, em vez de um como até então, férias de 30 dias, pagas...
A vida melhorava diariamente e o futuro seria risonho.
Cerca de 1975 porém, os estados democráticos sofrem sofrem dois choques petrolíferos e começam a sentir dificuldade em manter e/ou aumentar o "status quo" social conseguido até aí.
Neste ano é eleita no UK Margaret Thatcher e, 6 anos depois, Ronald Regan nos EUA.
Qualquer deles adopta a política económica liberal advogada pela chamada "escola de Chicago", onde pontifica o Nobel de 1976 Milton Friedman*.
Este, defende a privatização quase total das funções dos estados, nem tanto para os libertar dos encargos assumidos mas, por os considerar altamente nocivos nos preços dos serviços que prestam.
Já na altura, em entrevista, M.Friedman refere que apenas as economias de Macau e H.Kong se aproximavam do seu ideal (nunca mencionando que estas economias dependiam quase completamente do jogo e já então eram, como hoje, paraísos fiscais).
Porém, com base nestas lógicas, Thatcher e Regan desenvolvem um processo de desmembramento económico dos seus estados.
Por esta altura, os primeiros computadores aparecem no mercado e, cerca de dez anos depois, a robotização da indústria inicia uma acumulação de capital, ímpar na História, onde um mínimo de indivíduos consegue um valor em bens igual ao do resto da humanidade.
Pior: O humano desenvolveu recentemente um processamento de informação tão rápido e eficaz, a Inteligência Artificial, que resolve em horas, o que um grupo de humanos especializado levaria anos a conseguir.
Pensamento, tanto quanto possível, independente:
A continuidade da espetacularidade das conquistas dos sistemas democráticos entre 45 e 75 entrou em patamar económico.
As democracias mantêm sobretudo o património da máxima liberdade social possível, estudando as melhores soluções para saídas sociais úteis, face aos atuais constrangimentos de base digital, altamente favoráveis à acumulação de gigantescas fortunas e aumento do desemprego.
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*https://jacobin.com.br/2023/09/economistas-neoliberais-como-milton-friedman-aplaudiram-a-ditadura-de-augusto-pinochet/